terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Fevereiro organização escolar reflexão sobre Planejamento

Sonhar na ação de planejar

Texto de Madalena Freire
Sonhar não é proibido
Eu sou um menino muito sonhador. Me chamo Luiz Fernando.
Sonho dormindo ou acordado, pois sonhar não é errado.
Tem vezes que eu quero ser um pássaro,
para voar e sentir o vento.
Outras vezes quero ser um super herói que pudesse
fazer o bem e matar meus inimigos, ou um gênio maluco, para
criar vários monstros. Também  posso ser um aventureiro,
igualzinho ao Indiano Jones, para procurar tesouros. Ser um
pirata para comandar meu navio. Até um Peter Pan,
para ficar na Terra do nunca.
Mas não penso só em fantasia. Penso também na vida real.
O que eu quero mesmo é ser um médico
ou engenheiro eletrônico.
Com dezessete anos quero começar a fazer
cursos para ser alguma coisa na vida.
Você não deve pensar: Eu não consigo, pois sonhar é fácil.

Todo fazer pedagógico nasce de um sonho. Sonho que emerge de uma necessidade, de uma  falta que nos  impulsiona na busca de um fazer. Sonhamos porque vivemos alimentados por nossas faltas... Num primeiro movimento desse sonhar pedagógico o ingrediente básico - porque ainda não iniciamos o fazer-é a idealização: capacidade de imaginar, idear, projetar fantasias, planejar idéias a serem executadas. Ou seja, faz parte do planejar a ação     de sonhar que, neste primeiro movimento, ainda não está no plano das idéias, das hipóteses que estruturarão a ação pedagógica.
No contato com a realidade pedagógica o mundo do sonho planejado, idealizado. Pode sofrer choques (grandes ou pequenos, fracos ou fortes, em sintonia ou dessintonias) onde emerge um segundo movimento que é o do desilusionamento.
Podemos ter duas possíveis reações no contato com esse movimento; ou caímos numa atitude pessimista, desesperançosa, fatalista ou  incorporamos esse movimento como elemento constituidor do sonhar. Pois, é do sonho que construímos um fazer, "chegamos" a realidade e, é na realidade, tendo nosso sonho como parâmetro, que poderemos trabalhar o enfrentamento do idealizado, do fantasiado, do imaginado com o real. Para, assim, começamos a nos instrumentalizar para a construção de um sonho mais real-adequado a realidade; agora não a realidade nos impõe, que poderemos agilizar em nós:
 Você não deve pensar: Eu não consigo, pois sonhar é fácil, mas, exige o exercício constante da persistência, da perseverança para a construção do rigor na ação do refletir- estudar - planejar - avaliar, na recriação permanente do sonho desejado; para que seu planejamento seja produto final conquistado.



Nenhum comentário:

Postar um comentário